AUDIÊNCIA COM CHESF E EMPRESAS DO PARQUE EÓLICO DE CASA NOVA DESFAZ ILUSÕES SOBRE MAIS EMPREGOS

Audiência pública proposta pelo Vereador Helber do Né lotou o plenário da Câmara na última sexta-feira (07/04) para ouvir representantes da CHESF, da empresa Wobben e da  Barros  responsáveis pela implantação do Parque Eólico de Casa Nova.

A primeira surpresa veio do representante da CHESF, Luiz Carlos Santos: As obras em andamento não são do Parque Eólico Casa Nova I e sim Casa Nova II e III. Enquanto Casa Nova I previa a construção de 120 torres, os dois projetos em execução, somados, não chegam a 20 torres, com previsão de entrega em outubro e com todas as vagas de emprego já preenchidas e com serviços a terminarem em junho, ou seja, demissão de funcionários das empresas contratadas.

“Esta é uma obra muito pequena e com prazo de construção muito curto” – resumiu Santos, para uma plateia de vereadores, Deputado Zó, prefeito Wilker Torres, sindicalistas e centenas de pessoas no plenário e ao redor da Câmara de Vereadores.

Para o prefeito, que insistiu na necessidade de que a empresa que constrói as torres e pás, localizada em Petrolina e com as empresas que tocam a obra, para admitirem preferencialmente trabalhadores de Casa Nova, lembrando da dívida social que a CHESF tem com o município, “desde a transferência da cidade”, a realidade é que o munícipio de Casa Nova não se preparou com mão de obra especializada e nem ofereceu capacitação quando, há anos atrás, teve conhecimento da implantação dos parques eólicos.

“Que isso sirva de exemplo para outros municípios da região onde serão implantados novos parques eólicos” – advertiu o Deputado Zó, questionando a questão das terceirizações, da garantia dos direitos trabalhistas e a necessidade das prefeituras investirem na capacitação e formação profissional dos jovens: “Coloco meu mandato à disposição do prefeito para juntos buscarmos recursos e cursos, através da Secretária de Trabalho do Governo do Estado, dirigida por Olívia Santana do nosso partido. Não podemos perder de novo estas oportunidades”.

“A sensação que fica é de que essa reunião foi realizada com dois anos de atraso” – resumiu um dos presentes à reunião – “Mesmo os benefícios sociais que a CHESF alega trazer para as comunidades onde estão implantando os parques eólicos são voltados para o benefício da empresa”.

Além dos discursos de questionamentos, do vereador Helber do Né, do Vereador Alex de Santana, da cobrança incisiva à CHESF “pela dívida social” feita pelo vereador William de Santana, houve ainda dúvida sobre o término efetivo da obra e a resolução das indenizações devidas aos antigos funcionários do Parque Eólico Casa Nova I, parado e sem conclusão.

Manoel Leão

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