Entre as melhores reportagens do Globo Rural em 2016, está um especial produzido junto com o projeto Globo Natureza, sobre o Rio São Francisco. Quatro repórteres cobriram o baixo, o médio e o alto São Francisco. O repórter e apresentador Nelson Araújo percorreu um trecho do rio a partir da nascente, onde encontrou belezas e muitos problemas.
A bacia do São Francisco é enorme. Supera o tamanho da maioria dos países europeus. Ocupa toda uma área onde vivem cerca de 15 milhões de pessoas.
Quando se entrega ao Atlântico, na divisa com Alagoas com Sergipe, o rio até parece um mar chegando a outro mar. Embrenhando no seu leito, 2.863 mil km, que atravessa cinco estados, se chega ao berço do São Francisco, na Serra da Canastra, em Minas Gerais. No Parque Nacional da Canastra, o local da nascente do rio é bastante visitado.
O São Francisco está empobrecendo. Não produz mais peixe, nem irriga, nem produz eletricidade como antes. A capacidade de geração de energia, por exemplo, caiu quase 40% desde 2002.
Já disseram que o São Francisco é um presente de Minas para o Nordeste brasileiro, mas hoje, fica até difícil apontar a principal entre tantas causas da degradação do rio.
O Rio São Francisco serve pra navegar, pescar, irrigar lavouras. Na segunda parte da reportagem, a repórter Ana Dalla Pria visitou alguns de seus afluentes e mostra que tudo que acontece em Minas Gerais, traz consequências pro rio inteiro.
A bacia do São Francisco ocupa mais de 7% do território brasileiro. Em Minas Gerais, estão os principais afluentes que produzem quase 80% da água que corre em seu leito. A maioria nasce na região do cerrado.
Os 34 municípios que compõe a região metropolitana de Belo Horizonte abrigam mais de cinco milhões de habitantes. É o principal núcleo urbano da bacia do Rio São Francisco. Veja no vídeo a reportagem completa.