Com o Ministro da Saúde e Secretários do estado da Bahia, Moscamed apresenta a nova área de produção do Aedes Transgênico

Com 720 m² distribuídos em nove áreas: a produção com 450 m²; assepsia e vestiários femininos e masculinos; recepção; almoxarifado e área de separação com 10 pias, foi inaugurada na manhã de sábado (07), a Unidade de Produção do Aedes Transgênico – UPAT. A obra que teve início em janeiro deste ano e foi concluída no mês passado, ampliará em oito vezes a capacidade de produção do Projeto Aedes Transgênico (PAT). O investimento veio através de um convênio com o Governo da Bahia no valor de 1,5 milhão de reais.

A inauguração da Unidade de Produção do Aedes Transgênico – UPAT contou com a presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, autoridades do estado da Bahia como o Secretário de Saúde Jorge Solla representando o Governador Jaques Wagner, o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera,o Secretário de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles e o Secretário de Agricultura de Pernambuco, Ranilson Ramos que juntos descerraram a placa do novo prédio. Participando também da solenidade a equipe da Moscamed, representantes dos parceiros da Biofábrica e do projeto Aedes Transgênico – PAT como o diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Manoel Barral Netto, representando o Ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, o Secretário de Saúde de Juazeiro (BA) Ubiratan Pedrosa, representantes da Oxitec, da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB e da Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco – ADAGRO.

“Desde fevereiro do ano passado já foram liberados mais de 10 milhões de machos transgênicos. Essa unidade é o resultado do projeto e dos esforços dos parceiros que acreditaram nessa alternativa para supressão do mosquito transmissor do vírus Dengue, um dos maiores problemas endêmicos no Brasil”, informou aos presentes o professor aposentado da USP e Doutor em Genética, o Diretor Presidente da Moscamed, Aldo Malavasi. Cerca de 100 milhões de pessoas são afetadas em todo mundo pelo vírus transmissor da dengue, diante disso órgãos e entidades públicas ligadas à saúde buscam novas tecnologias de controle e erradicação dessa endemia no Brasil.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou em sua fala que o órgão reconhece a importância do projeto que segundo ele, ainda está em análise do Ministério para avaliar os resultados, o impacto e a aplicabilidade em outros estados. “Esta é uma nova tecnologia, que pode vir a fazer parte das técnicas já utilizadas no controle da dengue e faz com que o Brasil ocupe espaço para não apenas produzir mosquito da dengue, mas outros tipos de insetos que transmitem doenças no país e no mundo”, disse. O Ministro finalizou o discurso afirmando que o órgão vai colaborar com a Moscamed e o projeto Aedes Transgênico.

O secretário de Ciência e Tecnologia da Bahia, Paulo Câmera, ressaltou a importância do projeto e o apoio da secretaria. “Nós vamos ajudar a Moscamed na expansão deste projeto, para que possamos chegar às zonas úmidas onde o problema é maior e nas cidades de médio e grande porte como Itabuna que registram altos índices”, afirmou o secretario. A SECTI foi a primeira secretaria a investir no projeto através do INOVATEC, programa estadual de Incentivo à Inovação Tecnológica e com base na Lei 9.433 de 01 de março de 2005, em seu artigo 59, que dispõe sobre a aplicação de recursos na área de pesquisas e que permitiu a agilidade na aplicação dos recursos e a construção da UPAT em apenas seis meses.

Iniciado em Juazeiro, após um ano, o projeto tem demonstrado resultados satisfatórios com a contagem de larvas transgênicas nas comunidades onde o projeto foi implantado. Mais de 80% das larvas encontradas no bairro Itaberaba, em Juazeiro, já não chegam à fase adulta. Atualmente são produzidos 500 mil machos por semana, com a UPAT a produção passa a ser de quatro milhões semanais e a liberação acontecerá em larga escala tanto em Juazeiro quanto em Jacobina, próxima cidade onde será implantado o projeto.

O Secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, aposta na expansão do projeto e acompanha a implantação do mesmo tanto em Juazeiro como na cidade baiana de Jacobina, região centro sul do estado. “Vamos trabalhar para levar esta tecnologia para municípios com níveis de infestação mais elevados, como Jacobina e Itabuna, onde vai ser possível analisar também em circunstâncias adequadas os resultados do projeto”, destacou.





Iana Lima – Jornalista


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