O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi denunciado pela primeira vez na Operação Lava Jato nesta segunda-feira (12), por recebimento de propina e lavagem de dinheiro. Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o peemedebista articulou para manter Paulo Roberto Costa, já condenado, no cargo de diretor de abastecimento da Petrobras, para possibilitar a participação da empreiteira Serveng em licitação.
Janot destacou que o peemedebista e seu antigo aliado, o deputado Aníbal Gomes (PMDB/CE), “com vontade livre e consciente, comunhão de desígnios e divisão de tarefas, ocultaram e dissimularam, em favor do primeiro (Renan), a origem, a disposição e a movimentação desses recursos”.
Na avaliação do procurador-geral da República, a circulação de valores incluiu o Diretório Nacional e Comitês do PMDB. Segundo o procurador, Renan se valeu da “interposição de pessoas físicas e órgãos diversos de pessoa jurídica, do Diretório Nacional e dos Comitês do PMDB por onde transitaram os recursos, e a mescla com valores lícitos, em operações distintas”. “Essa mistura de ativos ilícitos com outros constitui mais uma modalidade independente de lavagem de valores denominada commingling (mescla)”, destaca Janot.
» Veja a denúncia completa apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF):