TEMER COMENTA BOATO DE INVASÃO DE PUTIN AO BRASIL PELA VENEZUELA

Foto: Marcos Correa/Presidência da República
Foto: Marcos Correa/Presidência da República

Publicado por Amanda Miranda/UOL

Dias depois de a advogada Janaína Paschoal, autora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), virar alvo de piadas na internet por ter comentado sobre um possível ataque da Rússia ao Brasil por meio de uma base militar instalada na Venezuela, o presidente Michel Temer (PMDB) falou sobre o assunto nessa sexta-feira (4), em entrevista à jornalista Mariana Godoy, na Rede TV. “É quase boato”, afirmou. Segundo Temer, o presidente russo, Vladimir Putin, se interessou pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação e o texto será traduzido para o idioma dele.

“Eu acho que, com todo respeito, é uma coisa que… é claro que eu respeito a opinião, primeiro lugar. Segundo lugar, isso ainda é, digamos, é quase boato. Não há nada, que eu saiba, não há nada concreto em relação a isso. Em terceiro lugar, a Rússia também mudou muito”, disse o peemedebista.

Para Temer, a situação da Rússia é semelhante à do Brasil. O presidente argumentou que a dívida bruta lá equivale a 69% do Produto Interno Bruto (PIB). Por aqui, a dívida bruta é projetada pelo governo em mais de 70%. Outra comparação feita foi sobre o déficit fiscal: 1,7% do PIB na Rússia e 1,88% no Brasil.

“Até registro um fato: ele sabia da PEC do teto dos gastos, perguntou muito sobre… sabia que foi aprovada por uma significativa maioria e teve muito interesse nisso. Eu até estou mandando traduzir para o russo a PEC dos gastos para mandar para ele. Ou seja, a Rússia, não sei se instalada lá, e invadiu o Brasil, mas essas coisas são complicadas, eu acho que não. Enfim, pelo menos não temos essa preocupação”, garantiu Temer.

Foto: Beto Barata/Presidência da República
Foto: Beto Barata/Presidência da República

Questionado se o País mudou de posição em relação à Venezuela depois que ele assumiu a presidência, afirmou: “Quando nós assumimos o governo, nós designamos o José Serra para o ministério, mas logo eu disse: ‘Eu quero universalizar as relações do País’. Nós não podemos segmentar as relações por critérios ideológicos ou por critérios físicos. Nós tínhamos aqui uma relação com alguns países, não sei, tenho impressão que nos distanciávamos um pouco de outros países.”

Temer disse, porém, estar preocupado com a política atual no País vizinho. “Até porque tem repercussão aqui. Você sabe que o número de venezuelanos que tem vindo aqui para o Brasil é muito grande. Em primeiro lugar para adquirir mantimentos, etc. E nós até tivemos uma preocupação humanitária. Você sabe que nós oferecemos remédios para a Venezuela, e é interessante, não foi admitido”, disse. O presidente afirmou que o foco é na ajuda humanitária. Sobre o País no Mercosul afirmou que todos os requisitos teriam que ser cumpridos até o fim do ano.

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