Alunos de escolas públicas foram às ruas ontem (27) protestar contra a PEC 241 em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. De acordo com a União dos Estudantes Secundaristas de Petrolina (Uespe), cerca de 200 alunos do Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual participaram da manifestação.
Com o uso de cartazes, os alunos se manifestaram contra o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 241 que prevê um limite para as despesas públicas, e estabelece um teto máximo para os gastos do governo nos próximos 20 anos.
O grupo ocupou a Rua Joaquim Nabuco e saíram em passeata pelo Centro. Depois se concentraram na praça Maria Auxiliadora. Em seguida, caminharam até a Câmara Municipal de Vereadores e entraram no prédio. Os representantes da Uespe participaram da sessão.
A presidente da Uespe, Larissa Vanessa Roberto, revela que a ideia é que o movimento consiga aumentar o nível de consciência dos estudantes. “Hoje a gente percebe que o nosso país tem muito ataque a nossa educação, é projeto de lei, que impede debate na escola, é modernização do Ensino Médio que só traz retrocesso e a PEC 241 que está tentando frear as áreas que a gente mais precisa de investimento . Hoje o pessoal está aqui contra a PEC 241 e as reformas”.
Mariana Menezes cursa o 2º ano do Ensino Médio e acredita que com a aprovação da PEC 241, os estudantes serão prejudicados. “A educação está sucateada, porque a gente vai congelar esses investimentos e porque a validade de 20 exercícios fiscais, que correspodem a 20 anos. Porque fazer isso com a educação e como a gente vai reformar o Ensino Médio sem investimento, não existe coerência nesse discurso”.
A diretora de grêmios estudantis da Uespe, Camila Roque, ressalta que os estudantes não vão aceitar a aprovação da PEC 241. “O alvo que nós queríamos atingir seriam os deputados golpistas que votaram a favor da PEC. Nós acreditamos que o único órgão, que pelo menos, nós conseguimos dar o nosso recado através de um ato simbólico seria na Câmara de Vereadores, viemos até aqui para dizer que nós não vamos aceitar esse retrocesso”.
G1/Petrolina