Direto de Lagoa Grande

Neste domingo (6), a Prefeitura de Lagoa Grande através da Secretaria de Saúde (Sesau), promove o dia D de combate à hanseníase. A programação acontecerá das 8h às 12h na feira livre em Vermelhos, que é considerada uma das áreas endêmicas da doença no município O dia D integra as ações da Semana Mundial de Combate à Hanseníase iniciada no último dia 31 de janeiro. De acordo com a coordenadora de epidemiologia da Sesau, Elba Jamille Alves, é fundamental a participação da população no evento, principalmente a comunidade de Vermelhos que tem histórico de casos da doença. “O município é considerado endêmico para a hanseníase, por isso o quanto antes soubermos de algum caso para iniciarmos o tratamento, mais rápido será a cura desses pacientes”, observa.

 

Para o dia D, uma estrutura da Secretaria de Saúde será montada na feira de Vermelhos. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, estarão orientando à população sobre os cuidados para prevenir e tratar a hanseníase. Eles distribuirão panfletos e farão avaliação e busca de casos. Também terão o apoio de servidores da Atenção Básica do município.

 

Conforme Elba Alves, em 2009 Lagoa Grande registrou 27 casos de hanseníase, já em 2010 foram 23 notificações, mas esses números podem ainda não ser a realidade do município. “Muita gente pode ter a doença e não procura o posto de saúde, por isso quando perceber manchas na pele, que é um dos sintomas da hanseníase, a gente orienta a todos procurarem o posto mais próximo de casa para diagnosticar essa mancha. É muito importante o paciente se auto avaliar”, informa a coordenadora municipal de endemias.

 

Elba alerta que a hanseníase deve ser tratada o quanto antes. Ela atinge o nervo periférico da pessoa e pode deixar seqüelas se não for tratada corretamente como pé caído e até cegueira. Conforme a coordenadora, o tratamento dura de 6 meses a 1 ano e deve ir até o final. “O paciente é tratado com medicamento PQT, poliquimioterápicos, distribuídos de graça nos postos de saúde”, destaca a coordenadora.

 

Hanseníase

É uma doença granulomatosa infecto-contagiosa, de evolução longa, causada pelo M. leprae, transmitida de pessoa para pessoa, principalmente em comunicantes de formas bacilíferas. Representa um importante problema de saúde pública no Brasil. A prevalência de 8,8/10.000 habitantes (1996) é a mais alta entre os 16 países mais endêmicos, muito longe ainda da meta de eliminação proposta pela OMS que é menos de 1/10.000 habitantes. Os estados com as maiores  prevalências são Mato Grosso, Amazonas, Roraima, Pará, Tocantins, Góias e Maranhão, todos com coeficientes considerados muito altos.

 

As menores prevalências ocorrem no Rio Grande do Sul e Santa Catarina com menos de l/10.000, seguidos de Alagoas, Rio Grande do Norte e São Paulo, com menos de 2/10.000. Em relação à detecção, o Brasil tem um coeficiente muito alto: 2,75/10.000, sendo as regiões Norte e Centro-Oeste as mais afetadas com coeficientes de 8,35/10.000 e 6,98/10.000 respectivamente, consideradas hiperendêmicas.  

 

Modo de transmissão – As lesões na pele e na mucosa nasal de pacientes com hanseníase multibacilar são consideradas como fontes do M. leprae. A principal porta de entrada é a via respiratória.

 

 Ascom/Lagoa Grande

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