CASAL COM SUSPEITA DA GRIPE SUÍNA (H1N1), ESTÁ EM OBSERVAÇÃO EM HOSPITAIS DE PETROLINA E JUAZEIRO

blogqspinfluenza0“Distribuição da medicação está travada”, reclama infectologista

A gripe H1N1 voltou assombrar a população, e a informação de que um casal petrolinense está sendo monitorado com suspeita da doença, força a população redobrar cuidados na região. Uma gestante está no Hospital Neurocardio e o seu esposo está no isolamento do Hospital Regional de Juazeiro.
A doença, considerada grave, requer cuidados e já registrou mais de 300 mortes no país, segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde. Os complicadores da doença começam desde a prevenção e se complicam ainda mais no tratamento. A vacina na rede pública é gratuita, mas obedece a um calendário de prioridades, onde são classificados os grupos de risco, há também a disponibilidade da vacina contra influenza em clínicas particulares, contudo a aquisição da vacina não é tão fácil.
A preocupação é que o contato inter-humano põe risco o contato da doença, que pode se propagar rapidamente. O médico infectologista Rodrigo Videres (foto) diz que a capacidade é muito grande do contágio rápido de pessoa para pessoa e é preciso reforçar os cuidados na rede básica de saúde. “As secretarias de saúde têm que fazer um treinamento urgente e eu não nenhuma movimentação sobre isso, e outra coisa a medicação, que é específica para o N1H1, não está sendo vendida nas farmácias. É como se o governo dissesse que é responsável somos nós”.
O médico salienta que o Governo está com dificuldade de disponibilizar as medicações, de marca Tamiflu, específica para o tratamento. “A medicação só tem efeito se for tomado nas primeiras 48h, se chegar no terceiro dia a medicação não tem mais efeito. O Governo do Estado está passando por uma dificuldade financeira muito grande, é uma dificuldade tremenda de chegar medicação, o sistema todo está falido”.
O remédio não vende nas farmácias da região e em caso de necessidade tem que ser comprada nas capitais, mais encontrada no sul e sudeste do país. Por isso, a dificuldade para conseguir a medicação tem atrapalhado o tratamento das pessoas suspeitas da doença. Joelma Amorim, que teve o registro de um caso na família, relata a dificuldade de aquisição da medicação. “Forma mais de 10 dias para conseguir a medicação, há ainda muito desinformação sobre a doença, até mesmo entre os profissionais de saúde”.
Para Videres as dificuldades perpassam também na realização do diagnóstico. “Os aparelhos para a realização do exame não têm aqui, precisam ser transportados, há dificuldade também no transporte da amostra, se o resultado do exame demorar 15 dias, por exemplo, de chegar, não podemos esperar para tratar o paciente, então se houver a suspeita, mesmo sem a confirmação, deve ser iniciado o tratamento, então essa medicação tem que está amplamente disponível na rede. A distribuição dessa medicação está travada”, pontua.
A detecção e o início do tratamento são elementares para evitar a morte pela doença, avisa o médico. “A insuficiência respiratória é que leva a complicação da doença. É preciso dar mais atenção a constatação e o tratamento da doença na rede pública”, conclui.
Com informações da GRFM

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