Após três meses da morte de Beatriz Mota, assassinada com 42 facadas, durante a aula da saudade das turmas do terceiro ano do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, ainda não foi identificado o autor do crime. Para cobrar a elucidação do caso, que está sob investigação da Policia Civil, uma manifestação foi realizada nesta quinta-feira (10) na Praça Maria Auxiliadora, no centro da cidade.
Além dos pais da menina, Sandro Romilton e Lúcia Mota, amigos e a população, o manifesto contou com a participação, pela primeira vez, de uma representante oficial da Colégio Maria Auxiliadora que leu uma carta em nome da direção da instituição de ensino. “Pedimos a punição do culpado. O colégio teve a iniciativa do Disk denúncia que hoje está com valor aumentado para R$10 mil. Todas as solicitações da polícia estão sendo atendidas de imediato e nenhum momento houve barreira de entrada no colégio para as investigações. Já fizemos contato com o Ministério Público no sentido de elucidar o caso. O colégio está muito empenhado em colaborar que o caso seja elucidado o mais rápido possível”.
A manifestação teve um teor de cobrança. “A gente precisa de uma resposta. A polícia os responsáveis nos devem satisfações, queremos saber quem está ajudando, quem está contribuindo com o caso, quais são as dificuldades e o que está acontecendo que está demorando tanto. Nós estamos aumentando o nível de cobrança. A escola está participando e acho que com a colaboração da escola tudo vai dar certo”, relata o pai Sandro, que é professor e lecionava na escola da filha, em aconteceu o crime.
O pai questionou a colaboração do governo do estado de Pernambuco para desvendar o crime brutal da filha de 7 anos. “Estamos correndo atrás das pessoas e das instituições. Queremos saber o porquê do governador de Pernambuco, Paulo câmara, ainda não se pronunciou. Nós já conversamos com todas as autoridades, menos com eles. Não sabemos porque eles fogem. A injustiça já foi feita com nossa família e não queremos que outra injustiça seja feita com outras famílias”, ressalta.
Emocionada, Lúcia Mota tenta explicar a dor da perda ao longo desses três meses de ausência da filha. “É difícil, não tem como explicar essa dor. Eu acredito na justiça e isso será revelado. Nossa vida parou no dia 10 de dezembro de 2015 e de lá para cá só Deus tem nos sustentado”, argumenta.
G1 Petrolina

