Diretor regional Sérgio Ricardo e o delegado Marceone Jarcinto
Governo de Pernambuco faz remanejamento de delegados da Polícia Civil e comandantes da Polícia Militar, como intuito de adotar novas medidas de segurança que combata a criminalidade e diminua os índices de violência no Estado.
As portarias foram deliberadas no final do mês de outubro pelo secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, que oficializou as mudanças das chefias de algumas delegacias no Sertão do Estado.
Em Petrolina, o delegado de Polícia José Renivaldo da Silva que chefiava a 26ª Delegacia Seccional de Polícia em Petrolina, foi substituído pelo delegado Marceone Ferreira Jacinto, deslocado de Araripina.
Na publicação consta que as modificações serão “pela necessidade de promover a otimização e melhoria na gestão por resultados de algumas áreas Integradas de Segurança (AIS) da DINTER-2, no que se refere ao aperfeiçoamento da busca de atingimento de metas estabelecidas em diretrizes do programa de segurança pública Pacto Pela Vida”.
Jacinto, e o diretor regional do Sertão II, Sérgio Ricardo (FOTO), que está na região desde o mês de janeiro e veio para ocupar o cargo antes dirigido pelo delegado Glaukus Menck,.
De acordo com eles, o trabalho inicial de identificação de homicídios está em curso quando estão sendo feitos diagnósticos para a contenção da criminalidade na região. “Estamos localizando os homicídios que estão ocorrendo aqui na região de Petrolina para focar nas áreas mais problemáticas”, relata Jacinto. O delegado explica que a celeridade nas investigações também faz parte do planejamento de segurança pública na região.
O diretor Sérgio Ricardo acredita na redução dos crimes e na pontuação de melhores índices do Programa Pacto pela Vida, que dispararam negativamente este ano. “Temos cerca de 500 mil habitantes entre as duas cidades Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), queremos conscientizar e tranquilizar a população que apesar de o trabalho ser dificultoso, pois não é fácil fazer um trabalho de investigação, queremos buscar parcerias com os órgãos cooperativos e com a população. A Constituição Federal estabelece que ‘a segurança é dever do Estado, mas é responsabilidade de todos’ ”, salienta.
Para melhor atender a demanda da região, Sérgio Ricardo diz que seria necessário um maior número de efetivo, e que será feito um pedido ao Governo de Pernambuco. “Existe a necessidade de o policial está motivado, bem remunerado até porque existe uma cultura de banalização da violência na sociedade, mas vamos requerer da população, que deve utilizar o Disque Denúncia. A segurança pública não é só polícia, são todas as pessoas de bem que podem contribuir e que estão interessadas em fazer isso”, acrescenta.
No Estado são 26 áreas integradas de seguranças e a seccional 26ª AIS, em Petrolina, abrange 61 municípios. E segundo os novos comandantes as dificuldades estruturais nas delegacias não são apenas em Petrolina, mas em todo Estado, bem como no IML. “Vamos buscar soluções”, disse o diretor.
Mudanças no Sertão
Assumiu a 24ª Delegacia Seccional de Araripina Jairo de Oliveira Marinho, que estava à frente da 22ª Delegacia Seccional de Polícia em Floresta. Francisca Polyanna da Silva Nery que exercia o cargo de chefia na Delegacia de Polícia da 214ª Circunscrição em Petrolina, agora é chefe da 22ª Delegacia Seccional de Polícia em Floresta. Assumiu a 214º de Petrolina, o delegado Daniel Moreira de Souza, que atuava como adjunto na mesma delegacia.
Comandante da Polícia Militar
O comando da Polícia Militar em Petrolina também mudou. O tenente-coronel Ricardo Peres da Silva assumiu o comando do 5º Batalhão de Polícia Militar de Petrolina (5º BPM) no lugar de Tenente-coronel Isaac Pereira Guerra.
Unificação da Polícia
“A unificação da polícia não é a solução, está na falta de investimentos e estrutura da polícia”, pontua delegado Marceone Ferreira Jacinto.
A discussão de mudanças na gestão das polícias Civil e Militar vem ganhando força com projetos no Senado e Câmara dos Deputados, em Brasília. Há duas propostas de emenda à Constituição (PEC) em tramitação – uma no Senado Federal, a PEC 51/13, que visa a alteração do atual modelo de segurança pública, convertendo as duas corporações em uma só; outra na Câmara dos Deputados, a PEC 431/14, que amplia a competência da PM, dando-lhe atribuições de polícia judiciária, com poderes de investigação.
Os dois projetos são bastante polêmicos. Trata-se de uma organização civil, com delegação à mesma corporação policial tanto das atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação criminal quanto da prevenção aos delitos e manutenção da ordem pública, incluindo a presença ostensiva uniformizada de agentes nas ruas.
Sobre a mudança no Estatuto do Desarmamento, que passaria a chamar de Estatuto de Controle de armas, Sérgio Ricardo, acredita que é uma ampla discussão com a participação popular. “A sociedade que tem que dizer qual o modelo melhor, se não der certo busca-se o aperfeiçoamento”, disse.
GRFM

