(Foto: Marina Mahmood/Folha de Pernambuco) 

Eleito e reeleito em Petrolina com vitórias sobre o PSB, o prefeito Julio Lossio (PMDB) afirmou que o crescimento da legenda socialista durante os dois governos de Eduardo Campos foi tão grande que apresenta dificuldades para atender as alas do partido em alguns municípios.

“O PSB se hipertrofiou tanto que algumas pontas começam a se quebrar. Então é difícil hoje você conciliar os interesses do PSB de Petrolina. Não tô falando nem do Estado. Estou falando de Petrolina. Você tem lá pensamentos divergentes”, afirmou o gestor, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7, numa referência à disputa entre os deputados federal Gonzaga Patriota  e estaduais Lucas Ramos e Miguel Coelho, que acobou sendo eleito para comandar a sigla na principal cidade de Sertão de São Francisco.

Apesar de dizer que só cuida dos “pecados do PMDB”, o prefeito provocou os adversários, ao afirmar que o deputado federal Gonzaga Patriota “foi fritado” no processo de escolha do diretório. “Ele tem uma militância de muitos anos, foi presidente do partido. Quando todo mundo saiu do partido ele ficou. Tô fazendo um relato histórico”, provocou o peemedebista, alfinetando o hoje senador Fernando Bezerra Coelho, que se afastou do PSB após a derrota do então governador e candidato à reeleição Miguel Arraes para Jarbas Vasconcelos, em 1998.

Próximo do deputado estadual Lucas Ramos, o prefeito argumenta que o novo comando do PSB não pode querer que o parlamentar se volte contra a atual gestão, até porque dois vereadores governistas o ajudaram a eleger-se para a Assembleia. “Nenhum vereador do PSB votou em Lucas Ramos. Mas nós o ajudamos. Tenho afinidade com ele”, historiou.

Se essa afinidade pode evoluir para um apoio à Prefeitura de Petrolina em 2016, Lossio prefere a cautela. Afirma que tem dez secretários e que todos eles podem entrar na disputa. No entanto, espera sentar para conversar com o próprio Lucas Ramos e com o deputado estadual e pré-candidato Odacy Amorim (PT) sobre o nome para a disputa.

“O candidato não tem que vir necessariamente do núcleo politico, não. Isso está fora de moda. Quem sabe se a gente não tem um candidato que não seja politico? Como fui uma vez. Um profissional liberal, um professor, alguém que tenha um trabalho pela cidade”, afirmou, acrescentado que a única condição para receber o seu apoio é que se comprometa em prosseguir com o programa de educação infantil no munícipio, “que é o melhor programa de inclusão de crianças do Brasil”.

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