Pinheiro insiste que informações da Operação Monte Carlo sejam enviadas ao Senado

Pinheiro insiste que informações da Operação Monte Carlo sejam enviadas ao Senado

Com base num precedente ocorrido em 2000, o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), quer que o Supremo Tribunal Federal (STF) envie para o Conselho de Ética e à Corregedoria do Senado os autos do processo que envolve o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o bicheiro Carlos Cachoeira.

Ontem (09), o STF tinha informado que os documentos não poderiam ser disponibilizados por tramitarem em segredo de justiça.

O fato foi questionado hoje (10), por Pinheiro, com base no ocorrido em 2000, durante as investigações sobre o senador Luiz Otávio, quando o STF enviou os documentos da investigação, que também tramitava em segredo, para o Conselho de Ética do Senado.

“Diante deste precedente, solicitamos novamente ao Supremo Tribunal que remeta os autos para que o Conselho de Ética tenha acesso às informações oficiais que versam sobre a matéria”, destacou o líder do PT.


CPI mista

Pinheiro defendeu também hoje (10) a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), formada por deputados e senadores, para investigar as relações mantidas por Cachoeira com parlamentares de diversos partidos, de acordo com as informações da Operação Monte Carlo. “A CPI não vai ser exclusiva para investigar o senador Demóstenes Torres. Isso caberá ao Conselho de Ética”, disse o líder.

Pinheiro espera receber o aval dos partidos políticos ao texto em que pede a abertura da CPI mista, para iniciar imediatamente a coleta de assinaturas – 27 assinaturas de senadores e 171 assinaturas de deputados.

A CPI mista, nesse caso, servirá para que os deputados investiguem as relações de deputados com o contraventor Carlinhos Cachoeira. E o mesmo vale para os senadores, porque a regra não permite que um deputado investigue um senador e nem um senador investigue um deputado.

“Estamos conversando com a Câmara para fazer uma CPI mista, embora já exista um pedido de abertura de CPI com as assinaturas colhidas. Para que não haja qualquer prejuízo e os deputados sejam obrigados a retirar as assinaturas ou até pela dificuldade de colher novas para a CPI mista, se isso se verificar nós optaremos por uma CPI no Senado e outra na Câmara”, disse Pinheiro.


Com informações do gabinete do senador Walter Pinheiro (PT-BA)

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