
Com o anúncio de corte de 9 bilhões de reais pelo Ministério da Educação (MEC), a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) convocou hoje pela manhã (02), coletiva de imprensa para esclarecer quais medidas a instituição deve tomar para diminuir o impacto ainda não repassado a instituição.
De acordo o reitor, Julianeli Toletino, ainda não se sabe ao certo como a Univasf vai sentir o corte de verba, visto que o MEC ainda não sinalizou quais áreas vão ser afetadas. Mas já estão sendo tomadas medidas preventivas de cortes de gastos, entre eles, a não contratação de novos funcionários terceirizados. “A Univasf vai diminuir o volume de recursos que são empregados na contratação de novos servidores terceirizados. Ou seja, nós não estamos contratando novos servidores. Estamos fazendo o possível para manter o que temos e consequentemente impactar o mínimo as nossas atividades”.
O que pode ser afetado:
Questionado sobre os impactos a projetos da universidade, pauta levantada por professores em última assembleia (29), o reitor afirma que alguns projetos desenvolvidos pela Univasf podem sentir a crise nacional, visto que o dinheiro destinado para alguns deles, não é de exclusividade do Ministério da Educação. “Nós não dependemos somente desse volume de recursos, nós também temos inúmeros projetos que captam recursos e que podem sofrer impactos porque o repasse não é direto do MEC, mas de ministérios os quais estes projetos estão ligados” afirma.
Sobre a possibilidade de greve, o reitor, afasta de imediato a possibilidade, mas não descarta, visto que a categoria realizou paralisação na última sexta-feira. A categoria está com assembleia marcada para o próximo dia (15).
Hospital Universitário:
O Reitor acrescentou que em relação aos recursos do Hospital Universitário, ainda não há nenhuma decisão tomada, já que também não foi repassada orientação de corte de despesas. “Até o momento não há nenhuma diretriz e consequentemente as atividades estão mantidas” pontua.
Ao ser questionado sobre os problemas enfrentados pelo hospital de ensino, Julianeli admite que eles existem principalmente quanto ao quadro de médicos ortopedistas. “a nossa perspectiva é que o serviço melhore a cada dia. Nós temos tido repostas bastante positivas após a entrada da Ebserh na co-gestão com a univasf, desde fevereiro. [Nós] ainda temos problemas relacionados a ortopedia, nós aprovamos um quantitativo de vagas de médicos ortopedistas, porém esse quantitativo não foi preenchido e isso impacta negativamente nesse atendimento. Visto que a demanda é constante e até crescente”, pontuou
Para sanar o problema, o reitor afirma que já foi encaminhada a solicitação de um concurso em processo simplificado, mas ainda sem data para ser lançado. “A previsão de que este edital seja lançado o mais breve possível, porque o Ministério Público Federal já nos recomendou” afirma.
Texto/Foto: Giomara Damasceno