A campanha em Petrolina, maior colégio eleitoral do Sertão, sequer começou e já foi parar na delegacia de polícia com uma ocorrência no mínimo inusitada: denúncia de tentativa de gravação de uma conversa reservada. A queixa foi prestada pelo presidente da Agência Reguladora do Município, Orlando Tolentino.
Segundo ele, o líder comunitário José Mário, mais conhecido por Maninho, usou uma caneta-gravadora num encontro ontem, solicitado pelo próprio Maninho. Tolentino só percebeu que o diálogo estava sendo gravado pela sua condição de polícial federal.
A caneta-gravador, segundo Tolentino, pertence a um ex-assessor do ex-deputado estadual Ciro Coelho, conforme o próprio Maninho confessou. “Nossos adversários começam a fazer um jogo sujo, numa espécie de vale tudo”, afirmou Tolentino.
Ele supõe que o acusado tenha tido a intenção de gravar alguma tentativa de oferecimento de vantagem financeira ao líder, já que ele pertence ao grupo de oposição. “Ele caiu numa fria, não usamos desse expediente”, desabafou.
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