*Otoniel Gondim

Como o amor. Como a natureza. Como a filosofia. Como o sabor a leitura.Como a melodia .Nada que o poema não encante e não cante. Leitor, saudades de vosmecê,dá licencinha pra uma rima? Brigadinho.
14 de Março
Dia do amasso à poesia
Dia de alegria da utopia,
De Leminsk e de Galvão
De Manuquinha , dia do da mente e do coração.
E de Quintana “” Os cães ladram…e a poesia passa…! “”
Quem disse o disse bem bem, brother: Tudo está na música e na poesia.
E isso sempre esteve, está e estará no meu tórax, membro , mente e coração Parabéns aos poetas.E QUE DEIXEM O POETA FORA DA DISPUTA!
Por isso , me reservo e lhe presenteio , amigo leitor , dois poemeus. Um TANTO AMOR, outro, TANTO TAMBÉM. Vamo que vamo?
TANTO
Inventei de guardar o meu amor pra mim
Não deu.
Tanto coração é assim.
Emudece. Cega.
Sai espalhando amor de tinquim em tinquim
Não sossega.
Nunca acaba de tanto ser e ainda ser sem fim
E mesmo fugindo tanto, pra tanto lado
Ainda sobra tanto, um bom bocado
Pra seguir o caminho da busca
De amando tanto, uma noite ser tão amado.
ESCULACHO
Vou lhe mostrar a estrada
Pra você chegar a mim
Retas, curvas, aclives, declives
Eu sou o fim
Ao chegar, faz favor
Vem de fininho, pianinho
A estrada é vicinal
D’um lado ópera, tango, valsa
D’outro samba, forró, carnaval
D’um lado espinho
D’oposto, jasmim
Sentaí, vai.
Que eu estou de saco cheio, louco pra esvaziar
Pra começar: Camarão, panetone, escargot, caviar
Azar, o gostoso é o que melhor degustamos?
Não é não… é o que nos faz bufar
Feijão, pirão, raspadura, batata doce, buchada, Curimatá
E a lordeza que se dane com o seu mundo
Sorvetes, shopings,conveniências, 1.9, tela plano-plasma
Viva o mundo mundano
Onde bom mesmo é mijo peidando, foda beijando, merda filosofando
Vá aceitando, pois quem mandou?, veio a mim
Eu , euzinho, sou o fim
Da picada, da mordida, da chifrada do dói estrela
Gosto de dor de marfim
“ Gigantes imensos colossais que outrora…”
Diacho da bexiga lixa, isso lá é português
“ Grandes de antes da hora! “ Bonito!
Einstein, Bohr, Rutheford, Hawking, Cesar Lates
Físicos e químicos de histórico plantão
Mas, quem transforma em merda todo domingão?
Parou, não! Sentaí…
A vida é bela. Bê bê bê lá lá lá, bela é a vida
Uvas do Vale, pelúcias, gelatinas, midos, ferraris, feijoada do Dadau
Prazeiroso e real é roer unha, tirar casca e ferida
Não se chatei , pois, veio por que quis a mim
Cagar , peidar, escarrar, vomitar, suar, espirrar
Até o saco cheio esvaziar
E aí, poder gritar assim: EU SOU O FIM!!!
Sentaí.
Tin-tin!
Otoniel Gondim — Professor, Escritor e Compositor.