Ana Moser é presidente da Atletas pelo Brasil.
(Foto: Gustavo Alves/ Divulgação)
A Atletas pelo Brasil também lembrou a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, e avaliou que Dilma perdeu uma excelente oportunidade de agir para melhorar a gestão do esporte no Brasil. “Às vésperas das Olimpíadas, a Presidente Dilma abriu mão de uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte. Decepcionou todo um setor de atletas, jornalistas, empresários, organizações, trabalhadores e amantes do esporte em geral”, afirma, destacando que conquistas de atletas brasileiros nem sempre possuem relação com a política esportiva do País. “E nós, atletas, não podemos mais ser mais usados simplesmente para fotos conjuntas em momentos de vitória nacional. Vamos ser francos, essas conquistas são muitas vezes obtidas a despeito da política esportiva, da legislação e da condução nacional do esporte. E, em alguns casos, encontrando até forças contrárias a dificultar o caminho. Se os governantes querem estar ao lado das vitórias, devem tomar consciência da sua enorme responsabilidade nas derrotas”, prossegue a entidade.
Foto: Divulgação
Para a Atletas do Brasil, a definição do novo ministro indiciou o “desprestígio” do esporte com as autoridades públicas do País. “Seguimos em frente pois acreditamos em um País melhor, mas reiteramos aqui hoje que, como cidadãos e cidadãs brasileiros, nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor”, conclui a Atletas pelo Brasil, que reúne nomes como Bernardinho, Cafu, Gustavo Borges, Kaká, Flávio Canto, Paulo André, Fernando Meligeni, Hortência e Rubens Barrichello. A nomeação de Hilton causou surpresa nos meios esportivos, por significar a descontinuidade da administração de Aldo Rebelo. A pedido de Dilma, Rebelo deixou de concorrer à reeleição para ficar à frente da pasta na Copa do Mundo. O PC do B tinha esperanças de que Rebelo permaneceria à frente do Esporte também na Olimpíada do Rio. A pasta tem importância estratégica por fazer parte da Autoridade Pública Olímpica, consórcio que reúne o Estado e a Prefeitura do Rio e gerencia as obras da competição. Além disso, Rebelo é um dos interlocutores do Comitê Olímpico Internacional no Brasil.