Pinzoh lança, “O mesmo outro” quinta-feira, no Solar da Praça em Petrolina

O poeta Josemar Martins, ou melhor, Pinzoh já participou de vários concursos de poesias, ganhou alguns, além de musicar poemas em parceria com amigos. Passados 25 anos desde o lançamento do primeiro livro – “Come-Tendo Poesias”, Pinzoh retoma o caminho das letras com a publicação do livro, O mesmo outro, que será lançado na próxima quinta-feira (09), no Bar Solar da Praça, em frente a 21 de Setembro, bem no centro de Petrolina-PE.

Diferente do primeiro trabalho, que teve a parceria do amigo José Carlos Rêgo, Pinduka, neste, O mesmo outro, o autor, que nasceu no interior do município baiano de Curaçá, é doutor em Educação e Professor Adjunto da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, se mostra bem mais maduro e seguro da escrita poética.

Em pouco mais de 100 páginas, Pinzoh reúne criações variadas, tanto em termos de estilo e tema, quanto de idade dos escritos. Soltos pela obra, vamos encontrar seu primeiro poema, A Mão, ganhador de um concurso de poesias, em 1984 e um dos últimos, Brilhantes, fruto da última fornada. O título faz alusão a um outro, a uma outra substância subjetiva do autor e da criação, que faz emergir a escrita poética, talvez um “eu lírico”, que se mostra nos poemas e que o autor não tem a oportunidade de mostrá-lo na escrita acadêmica, sempre mais sisuda. “É apenas um livro de poesias, sem pretensões de explicar nada e sem prometer salvar o mundo de nada. É só um gesto poético e deve valer por isso”, conforme define o próprio autor.

Em um dos momentos mais marcantes da obra, prefaciada pelo poeta Lupeu, Pinzoh propõe: “Quando a noite for menina feita/ molhar tua boca de refrões refrescos/ frases sem verdades, só sonoridades/ chiados excitados nos ouvidos…” E depois, o poeta que lançou o livro primeiramente em Juazeiro, no final do ano passado, continua a travessia da “safra de insônias que nasceu como rascunhos de mim mesmo…Minha forma de inscrição rupestre talhada a unha no fundo da minha caverna”, concluindo simplesmente: “Meu exercício de nudez “.

(Clas Comunicação)

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