Pesquisadores do Sudão participam de um treinamento no Projeto Aedes Transgênico (PAT) até o dia 28 de novembro, na Biofábrica Moscamed Brasil, em Juazeiro/BA. O Gerente de Operação de Campo, Tellal Babiker Ageep Elshaikh e o Gerente de Criação Massal, Fayez Tag El Sir Ali, pretendem aprimorar seus conhecimentos na utilização da Técnica do Inseto Estéril, a partir das experiências já desenvolvidas na Biofábrica.
“O objetivo da visita é transferir informações e tecnologias que são usadas no Projeto Aedes Transgênico para o Sudão, especificamente sobre a utilização da TIE e sua aplicação em uma área ampla com maior quantidade de mosquitos”, explicou Ali.
Uma parte do treinamento ocorre em Juazeiro, onde os participantes desenvolvem atividades relacionadas à criação massiva, como produção de ovos, criação larval, separação de pupas machos e fêmeas (sexagem). Além disso, conhecerão o sistema de monitoramento e farão análises dos materiais coletados no campo.
Já outra parte do treino corresponde às atividades de monitoramento do Projeto que são: a logística de transporte dos mosquitos, a coleta de armadilhas e a liberação dos insetos, realizada em Jacobina, região noroeste da Bahia, onde o PAT é desenvolvido atualmente. Para a realização destas tarefas, Tellal Babiker Ageep Elshaikh e Fayez Tag El Sir Ali visitarão a cidade do ouro nos dias 25 e 26 de novembro.
É a terceira vez que a Moscamed promove a especialização. Recentemente o PAT capacitou pesquisadores de dez países, associados à Agência Internacional de Energia Atômica. A Biofábrica é a preferência para a realização das capacitações porque é a única instituição no mundo que desenvolve todas as etapas do controle vetorial, utilizando o mosquito geneticamente modificado.
De acordo com a pesquisadora da Moscamed, Michelle Pedrosa, o PAT atrai cientistas de várias partes do mundo porque a utilização da TIE no controle do mosquito transmissor do vírus da dengue, o Aedes Aegypti, é inovadora.
“É impressionante como o PAT se tornou referência no mundo com a utilização da nova técnica e passar informações sobre o projeto para outros países é importante e sempre prazeroso, porque ao mesmo tempo que treinamos, aprendemos muito com eles”, concluiu Pedrosa.