A Secretaria da Saúde de Juazeiro, através da Vigilância Epidemiológica, e em parceria com a 15º Dires iniciaram ontem (06), encontro com médicos e enfermeiros da Rede Municipal para orientar sobre a febre chikungunya. A reunião prossegue nesta manhã (07), das 9h às 10h30, e a tarde, das 14h30 às 16h, no Centro de Saúde III.
Em Juazeiro, nenhum caso confirmado da doença. Cinco foram notificados, três descartados e dois estão aguardando resultado.
Segundo o diretor de Vigilância à Saúde, Klynger Farias da Costa, o objetivo do encontro é informar aos profissionais sobre o correto manejo clínico, os exames necessários, a conduta clínica do profissional e o devido encaminhamento do paciente. “A rede (Básica, média e de alta complexidade) está preparada para o enfrentamento da doença, mas é importante que os casos suspeitos sejam notificados imediatamente para a devida precaução no domicilio”, informou.
O diretor aproveitou para mandar um recado para a comunidade. “Quem for viajar para áreas de risco, como os municípios de Feira de Santana e Riachão do Jacuípe devem usar repelentes ou cobrir as áreas expostas do corpo. É necessário também eliminar as possibilidades de surgimento de qualquer foco do aedes aegypti, tapando tonéis, evitando o acúmulos de água parada, lixo, dentre outros cuidados usados rotineiramente para prevenção da dengue”, esclareceu.
De acordo com informações de Klynger Farias, em Feira de Santana, os maiores casos de chikunkunya foram registrados em pessoas de 20 a 49 anos, sendo 65% mulheres domésticas. “Isso só reforça que os focos do mosquito estão nas residências. Por isso esse trabalho deve ser feito em conjunto com a população”, enfatizou.
Os casos de chikungunya foram registrados no Brasil – até o momento – apenas na Bahia. Até dia 29 de outubro, segundo o governo da Bahia, em Feira de Santana 371 casos notificados, Riachão do Jacuipe 82, na capital baiana apenas dois casos, em Alagoinhas, Cachoeira e Amélia Rodrigues, 1 caso; estes quatro últimos municípios com vínculos epidemiológicos com Feira de Santana.
O QUE É IMPORTANTE SABER:
• Os mosquitos Aedes são os principais transmissores.
• Persistência do vírus em articulações.
• Possibilidade da perpetuação da resposta inflamatória por meses.
• A infecção é muito semelhante à infecção pelo vírus da dengue.
• O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano é em média de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias);
• A febre tem início súbito, é alta e há grave artralgia e mialgia, associada à cefaleia, fotofobia e exantema.
• O diagnóstico da infecção pelo Chykungunya é baseado na clínica, epidemiologia e critérios laboratoriais.
• Uma doença que tem início com febre de início súbito, artralgia ou artrite grave, que não seja explicada por outra condição médica é um caso possível de Chykungunya.
• Esse caso torna-se provável se o paciente mora ou visitou uma área epidêmica.
• A confirmação laboratorial é crucial para diferenciar da febre e da dengue outras alphavirores, malária e doenças artríticas.